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1600

1600 - Da Aldeia Tupi ao Lugar Sapopemba

Sapopemba. O primeiro nome da região estava na memória dos primeiros colonizadores e foi registrado em alguns documentos, onde apontam que o lugar era chamado de Sapopemba (nome de uma árvore de raiz forte e angulosa que se desenvolve ao redor da base do tronco).
Naquela época, para chegar à região bastava pegar o caminho indígena chamado Ita-tagoa-hy, ou Itagoahy que se transformou tempos depois na Estrada Real de Santa Cruz, rota de bens coloniais e de viajantes de diversos lugares. Carros de bois, tropas de mulas, montaria a cavalo eram os veículos usados. 
Trilhas indígenas e rotas marítimas. Fonte: Ronaldo Luiz Martins. Mercadão de Madureira: Caminhos de Comércio, 2009, p.17. Disponível em: http://www.mercadaodemadureira.com/e-book-mercadao-de-madureira.pdf. Acesso em: 20/6/2011.

Hoje, na região, o antigo caminho indígena se chama Avenida Marechal Fontenelle. 

O território era parte da Fazenda Sapopemba. Em 1653, o senhor de engenho Manoel de Paredes da Costa e sua esposa Guiomar Rodrigues aparecem como donos das terras. Depois, o lugar (ou parte dele) foi comprado pelo senhor de engenho Luís de Paredes (1634-1702) das mãos do seu irmão Agostinho de Paredes, em 1683. Os dois eram filhos de Manoel e Guiomar.
A família Paredes era um grupo de grande prestígio social no Rio de Janeiro colonial e contava com vários mestiços entre seus membros. Luís de Paredes não se casou, mas com Leonor da Costa (ex-escrava africana de Guiné) teve quatro filhos: Ana, Inês, Francisco e Lucrécia.
Segundo pesquisadores, todos os filhos gozaram de situações favoráveis.
Francisco de Paredes, por exemplo, estudou em Coimbra e formou-se em padre, e foi reconhecido e aceito pelo bispo do Rio Dom José de Barros de Alarcão, em 22 de novembro de 1697. Antes, para ser ordenado padre, Francisco conseguiu com o Papa uma dispensa pelo defeito do sangue, da ilegitimidade e defeito de cor.

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